Priscilla Marçal
Curso: Direito
Aprovação: UFES
Eu estudei no Darwin desde o 1º ano do Ensino Fundamental e, portanto, quando cheguei à 1ª série (Ensino Médio) já estava acostumada com o estilo de provas e aulas. Isso ajudou bastante, mas não me inibiu do fato de ter que estudar. Admito que eu não possuía o hábito de estudar todos os dias durante as duas séries iniciais do Ensino Médio e acabava estudando alguns dias antes das provas. Eu prestava atenção às aulas, e isso é muito importante para facilitar os estudos posteriormente. Mas, infelizmente, eu não estudava todos os dias, o que acredito que facilitaria muito o meu aprendizado, principalmente no que se refere ao vestibular. Por isso, é muito importante que o aluno já comece a pegar o hábito de estudar sempre um pouco todos os dias, para quando chegar à 3ª série conseguir fazer o mesmo.
Durante as duas séries iniciais do Ensino Médio eu fazia questão de reservar um tempo para o lazer. Nos finais de semana eu sempre saía com meus amigos, ou com meus pais, ia à praia… Enfim, era sempre bom sair um pouco de casa. Acredito que isso era saudável e não me atrapalhava nos estudos, pois eu tinha a consciência de que não sairia se precisasse estudar para alguma prova mais difícil. Por isso, quando era necessário eu também estudava nos finais de semana. Acho que durante a 1ª e a 2ª série do Ensino Médio, o lazer é muito importante, mas é claro, com moderação. O que não pode ocorrer é ficar mal acostumado a sair sempre e deixar os estudos de lado. E mais importante ainda, saber que, no ano de vestibular, se a pessoa realmente estiver disposta a obter a aprovação, o tempo para lazer se reduzirá bastante.
Atualmente, curso Direito, mas inicialmente queria fazer Relações Internacionais. Essa ideia surgiu quando eu estava ainda no Ensino Fundamental, após assistir a uma palestra sobre o curso. Por não gostar nem na área de Biomédicas, muito menos de Exatas, eu já sabia que faria algo da Humanas. Meu desejo de fazer Relações Internacionais persistiu até a metade da 3ª série, quando comecei a desanimar do curso. Decidi que não queria ir morar em outro estado, porque eu iria tentar Relações na USP, na UFF e na UnB, já que não tem na Ufes. Por isso pesquisei sobre os cursos da Ufes e vi que Direito era o que combinava mais comigo.
Em relação ao estudos, com certeza eu estudei muito mais durante o Pré Vestibular, do que agora na Universidade. É um mundo totalmente diferente, pois as matérias e o jeito que os professores dão aula é muito diferente da escola. Na Ufes nós temos que correr atrás de tudo: xerox, livros… Isso nos faz aprender a ter autonomia e responsabilidade e facilita os estudos. A diferença é que quando você faz um curso do qual você gosta, na hora de estudar fica mais fácil e prazeroso, ainda mais porque são menos matérias e muito menos conteúdo do que o cobrado no vestibular. Isso não quer dizer que eu não esteja estudando atualmente na Universidade, só significa que eu me esforcei muito mais durante o Pré Vestibular. Bom, pelo menos por enquanto.
Eu não passei no vestibular na 3ª série, nem em Direito na Ufes, nem em Relações Internacionais, que acabei tentando mesmo assim. Sei que faltou muito estudo da minha parte, principalmente porque até a metade do ano eu estava estudando para fazer provas totalmente diferentes da Ufes, e não estava estudando o suficiente para as discursivas de história e português. Só quando decidi mesmo que faria Direito, é que eu comecei a estudar sério. Passei no Enem, mas não cheguei nem perto na Ufes. Eu até estudava quase todos os dias, mas não com qualidade. Mas foi depois do meu ano de Pré Vestibular que percebi que o que eu acreditava ser estudar bastante, não chegava nem perto do que era necessário. Por isso, no P.V eu decidi que iria fazer diferente. Abri mão de muita coisa, eu raramente saía pra algum lugar do qual eu voltaria de madrugada, e fazia coisas mais tranquilas para chegar cedo em casa e estudar no outro dia.
Eu passei a estudar todos os dias da semana e nos finais de semana eu geralmente reservava para estudar mais para as minhas discursivas. Meus amigos reclamavam que eu não saía mais, minha mãe chegava no meu quarto e pedia que eu parasse de estudar um pouquinho. Isso é até engraçado né, que mãe fala para o filho parar de estudar? Mas ela somente estava preocupada comigo, porque fiquei muito nervosa e ansiosa durante o ano todo, eu tinha muito medo de não passar e não queria fazer pré de novo. Acho que foi por isso que eu estudei tanto e consegui passar.
Admito que posso ter exagerado um pouco na intensidade dos estudos e eu deveria ter controlado mais minhas emoções, pois isso não é saudável. Mas não me arrependo das coisas que deixei de fazer, e do quanto estudei, porque ver o seu nome na lista de aprovados é uma sensação que desejo a todos, principalmente depois de muito esforço e dedicação.
Sobre a inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa da Ufes, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para que eu passasse no vestibular. Eu sempre tive mais dificuldade nas objetivas e sempre me destaquei mais nas discursivas, pois adoro escrever. Por isso, eu estudei bem para o Enem, bem o suficiente para atingir a nota necessária para passar no meu curso, e com isso, pude me dedicar muito mais às discursivas, já que a nota no ENEM iria ser zerada, e, portanto, não influenciaria na nota da discursiva. Eu tive mais tempo livre para estudar para as discursivas de história e português, e para treinar a redação, e foi por isso que passei na Ufes em direito.
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