Nome: Patrícia Volpato Sturião
Curso: Direito
Aprovação: Ufes
Darwin: Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na 3ª série?
Patrícia: No Ensino Médio, 1ª e 2ª séries, eu estudava normal. Sempre tirei notas boas, e estudava o suficiente para mantê-las, não apenas para não ficar de recuperação. Estudava antes das provas, e admito que não fazia todos os deveres sempre, mas nunca fui uma estudante relapsa com meus estudos. Na 2ª série, me envolvi com muitas atividades da escola, como monitoria, Mini-onu e principalmente com o teatro. Não me arrependo dessas atividades, foram muito construtivas e fecharam minha 2ª série com chave de ouro, me preparando para o que viria na 3ª série, que é bem mais puxado. Então foi como uma despedida da vida mais fácil dos anos anteriores. É claro que essas atividades tomaram muito do meu tempo, mas não senti queda significativa no meu rendimento escolar e sentia que participar delas valia muito a pena. Mas já na 2ª série, tinha me conscientizado de que, como queria muito passar na UFES, precisava estudar muito na 3ª série. Eu sabia que o ritmo ia ser bem puxado e já estava preparada para isso. Desde o primeiro dia já comecei estudando a matéria que tinha sido passada, ainda que pouca, e estudava até a hora de dormir todos os dias. Na metade do ano comecei a estudar na biblioteca e vi que, para mim, o estudo rendia mais, e estudava das 14h, quando abriam a biblioteca até as 21h, quando fechavam. Ainda quando chegava em casa, pegava as obras literárias da UFES pra ler antes de dormir.
Darwin: Você reservava algum tempo para lazer?
Patrícia: Quanto ao lazer, reservava o sábado à noite, quando ia à reunião de jovens da igreja e saía com eles depois. Fora isso, meus intervalos para lanche com os amigos na escola eram meu tempo de relaxar, ainda que pouco. Procurava descansar domingo à tarde também.
Darwin: Você estudava nos finais de semana?
Patrícia: No sábado de manhã tinha o TQD (Treinamento de Questões Discursivas). Quando chegava em casa, descansava um pouquinho e começava a estudar, costumava tentar redigir melhor as minhas questões de história do TQD, pra treinar a forma e o estilo da escrita, e isso foi muito bom pra mim. Estudava até um pouco antes de ir à igreja. No domingo, tentava estudar um pouco à tarde, mas não era um horário que rendia muito.
Darwin: Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?
Patrícia: Desde pequena sempre fui muito comunicativa, gostava de defender as pessoas, argumentar, discutir. Sempre tive uma veia para o Direito. Na 1ª série pensei em fazer outros cursos, como Serviço Social, mas na 2ª série, acabei decidindo pelo Direito, porque sou apaixonada pela ideia de fazer Justiça.
Darwin: Em que época você estudou mais? Atualmente na Universidade, ou quando cursava a 3ª série ou P.V.?
Patrícia: São dois tipos de estudo diferentes. Na 3ª série sempre tem aquela pressão, afinal de contas você está estudando o ano inteiro para uma prova, e se sente na obrigação de ir decorando e aprendendo muito bem tudo o que tem sido dado durante o ano, porque a matéria é muito grande para uma única prova (apesar de que o desespero e a pressão são extremamente prejudiciais para o estudo, mas às vezes infelizmente eles aparecem). Já na faculdade, principalmente Direito que é conhecido pela grande carga de leitura, o volume de coisas é maior, muitos textos mais difíceis de ler e muitos fichamentos, muita matéria para uma prova, mas é um estudo menos tenso, sem aquela pressão do vestibular.
Darwin: Na sua opinião, a inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi boa?
Patrícia: Bom, isso é muito relativo para cada curso. Para a área de Humanas eu acredito que foi bom. Eu não sei por que, mas com o ENEM o ponto de corte na primeira fase para os cursos de humanas caiu muito, talvez por causa das 45 questões de matemática que normalmente têm peso alto, e que não é muito o forte das pessoas dessa área. De qualquer maneira, o ENEM facilitou muito para que pessoas boas e que estudam tenham seu lugar garantido na segunda fase. Só que não pode dar bobeira, porque facilitou também para aquelas pessoas que não estudam muito. E, além disso, como a pontuação do ENEM não conta na segunda fase, é necessária a consciência de que a segunda fase é o que vai realmente fazer a diferença. Então é bom ir focando na segunda fase desde o início do ano, mas é claro que não pode deixar as objetivas de lado.
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