Nome: Matheus Salgueiro Castanho
Curso: Engenharia de Computação
Aprovação: Ufes
Darwin: Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na 3ª série?
Matheus: Desde o primeiro ano do Ensino Médio busquei atender ao conselho dos professores e estudar com a consciência de que o vestibular já tinha começado a partir daquele momento. Antes costumava estudar bem em cima das provas, faltando um ou dois dias, bem de véspera. A partir da 1ª série comecei a estudar diariamente, um pouco a cada dia, cerca de 30 minutos – 1 hora.
Como as provas tinham dias fixos (terças ou quartas, dependendo da série) eu tirava um dia de folga depois da prova e estudava todos os outros para a prova que viria na semana seguinte, não apenas decorando conceitos e fórmulas, mas buscando aprender ao máximo tudo o que era ensinado nada sala de aula, para quando chegasse à 3ª série apenas relembrasse o que já havia estudado, diminuindo assim a quantidade de matérias novas.
Na 3ª série tive que me adaptar ao novo ritmo de estudo que era necessário, tanto para acompanhar o grande volume de matéria quanto para assimilar bem tudo o que via na sala. Estudava normalmente de 14h até por volta das 18h nos dias que não tinha curso extra à tarde (Turma ITA-IME), dias nos quais eu ia para a unidade de Vitória e tinha aulas das 14h às 19h20. Tendo em vista a boa base que tinha obtido nos dois primeiros anos do Ensino Médio, pude me dedicar principalmente às discursivas, que eram meu ponto fraco e que seriam decisivas no vestibular.
Darwin: Você reservava algum tempo para lazer?
Matheus: Com certeza. Apesar de me dedicar muito e querer muito passar de primeira, sem um descanso e um momento para relaxar a cabeça é bem difícil manter o ritmo durante o ano todo. Sempre ia às programações da igreja durante semana. À noite, sempre reservava um tempo para a leitura da Bíblia, nos finais de semana saía com os amigos, jogava videogame, etc. Com organização dá para estudar e se divertir.
Darwin: Você estudava nos finais de semana?
Matheus: Sim. Aos sábados estudava a matéria das aulas de sexta, pois como terminavam muito tarde não tinha tempo para estudá-las no mesmo dia. Acordava por volta de 8h e estudava até umas 17h. No domingo estudava somente quando era preciso, quando havia alguma matéria atrasada ou algum exercício importante ainda por fazer.
Darwin: Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?
Matheus: Sempre tive interesse pela área de Engenharia e também pela área de computação, entender como funcionam os dispositivos que usamos no dia a dia, como computadores, celulares, aparelhos de som, etc, e aliar o meu futuro trabalho a algo que eu gostasse. Escolhi o curso de Engenharia de Computação quando estava no 9º ano, época em que percebi que realmente era isso que eu queria para minha vida.
Darwin: Em que época você estudou mais? Atualmente na universidade, ou quando cursava a 3ª série ou P.V.?
Matheus: Venho estudando praticamente a mesma coisa que costumava estudar na 3ª série, tirando apenas os finais de semana. Mesmo tendo menor quantidade de matérias, o nível de complexidade de cada uma é muito maior, o que requer maior dedicação para obter bons resultados. Mas a recente greve acabou quebrando um pouco o ritmo de estudo, fazendo com que diminuísse a minha carga-horária de estudo.
Darwin: Na sua opinião, a inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi positiva?
Matheus: Em alguns aspectos, sim. Para nós que moramos no Espírito Santo, foi uma grande oportunidade de prestar vestibulares para outras universidades de fora sem precisar viajar e ter que fazer várias provas em lugares diferentes e até nas férias de janeiro. Além disso, tendo em vista a antiga primeira fase da UFES, acredito que o nível de profundidade das questões é menor, além de muitas matérias específicas a determinadas áreas que antes eram cobradas para todos na primeira fase agora serem mais restritas às discursivas, como botânica e movimento harmônico, por exemplo.
Por outro lado, as últimas edições da prova todas tiveram problemas logísticos e até de correção duvidosa, como foi evidenciado na mídia, o que deixa qualquer candidato com um pé atrás quanto à prova, além de ser uma prova extremamente extensa e cansativa e que nivela os candidatos por baixo.
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