Luíza Moraes Mafra, estudou do 9º ano EF II à 3ª série (EM) no Darwin, unidade de Vitória, e, na Terceira Série, foi aluna da M4. Ela foi aprovada em Medicina na UFES e na EMESCAM.
Darwin: Darwin: Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na Terceira série?
Luíza: Nos dois primeiros anos do Ensino Médio, estudava apenas quando não entendia a matéria, isso era possível graças à equipe maravilhosa de professores do Darwin que deixava o aprendizado mais fácil e duradouro. Fazia todos os deveres de casa, que ajudavam, e muito, a fixação da matéria. Comecei a estudar com mais dedicação no 2º semestre da 2ª série do Ensino Médio, quando tive a oportunidade de assistir algumas aulas da turma noturna de biomédicas. Gostei da área e estudei, como muitos diziam, “que nem gente grande”, chegava na escola 6h40 e ficava estudando até 22h40. Era bastante cansativo, mas sabia que aquilo era o que ia levar à vaga que eu queria de medicina. Fiz o vestibular da UFES como treineira e me surpreendi com a minha nota com o “pouco tempo” que havia estudado, já no segundo ano, passaria para a 2ª fase de medicina e tirei uma boa nota na segunda fase. Isso me motivou a estudar ainda mais, por isso continuei estudando nas férias de janeiro de 2012.
No Terceira Série, que fiz em 2012, aumentei ainda mais os estudos. Tinha aulas pela manhã, almoçava correndo e começava a estudar às 13h, ficando na escola até 18h. Ia para casa, jantava e continuava a estudar. Não tinha hora exata de parar, às vezes, ia até duas da manhã ou virava a noite estudando, às vezes, dormia às 22h. Estudava todo final de semana. Se pudesse voltar atrás faria uma atividade física e me dedicaria um pouco menos no 1º semestre da Terceira Série, pois cheguei exausta ao segundo semestre e já não conseguia absorver tanto quanto no início. O importante no estudo para o vestibular é não acumular matéria e ler, pelo menos superficialmente, a matéria antes da aula.
Darwin: Você reservava algum tempo para lazer?
Luíza: Muito raramente, mas não indicaria que outros fizessem o mesmo. No preparo para o vestibular, é essencial uma atividade física e sair com os amigos e a família uma vez ou outra. Me afastei de grandes amizades e da minha família e isso é um fato do qual me arrependo. Quando sentia falta de lazer, recorria a filmes e séries.
Darwin: Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?
Luíza: Fiz a opção no meio da Segunda Série do Ensino Médio. Desde 2010, quando meu avô morreu após quatro anos de luta contra o câncer, comecei a me interessar pelo entendimento do corpo humano, mas ainda estava em dúvida, pois sempre tive mais facilidade com a área de exatas. Peguei um livro de biologia que tinha em casa e comecei a ler. Como não conseguia decidir o curso, fui a uma psicóloga fazer um teste vocacional que me informou o que já sabia: eu tinha aptidão tanto para a área de exatas quanto para a de biomédicas. Fui à Jornada Profissional que o Darwin oferece e percebi que gostava mesmo era de medicina. Foi difícil escolher medicina, uma vez que desde sempre dizia querer ser engenheira e pela concorrência do vestibular, mas no final, decidi encarar esse grande desafio.
Darwin: Em que época você estudou mais? Atualmente na Universidade, ou quando cursava a 3ª série ou P.V.?
Luíza: Acredito que foi na 3ª série. Os tipos de estudo são diferentes. Quando você está Ensino Médio, tem que estudar todas as matérias, inclusive aquelas que você não usará no dia a dia, isso torna a 3ª série mais cansativa e exige mais dedicação. A rotina da medicina é muito puxada, mas quando você estuda aquilo que gosta tudo fica melhor, apesar do conteúdo do ensino superior ser mais volumoso e exigente em nível de complexidade. Quando entramos na universidade aprendemos que a medicina é sim grande parte da sua vida, mas a sua vida não se restringe a isso, as amizades e, principalmente, a família são essenciais.
Darwin: A inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi boa no seu entender?
Luíza: Sim, uma vez que diminuiu a tão chamada “decoreba” da 1ª fase, que fazia o aluno aprender com profundidade todas as áreas, independente se usaria esse aprendizado no futuro ou não. Entretanto, há pontos a serem melhorados ainda, pois o ENEM abriu margem para aprovações e desaprovações equivocadas por meio do TRI, um método um tanto quanto controverso para o qual não vale apenas o número de acertos.
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