Nome: Larissa de Pizzol Vicente
Curso: Direito
Aprovação: Ufes
Darwin: Como foi a sua carga horária de estudos nas duas séries iniciais do Ensino Médio? E na 3ª série?
Larissa: Sempre prestava bastante atenção às aulas, e isso me ajudava nas avaliações, já que meu ritmo de estudos não era tão intenso nas duas séries iniciais do Ensino Médio. Em média, estudava três horas por dia nesse período, sempre fazendo resumos e exercícios das aulas que aconteceram no dia. Além disso, intercalava meus estudos com diversas atividades como o handebol e o inglês. Às vésperas de provas, como de costume para a maioria dos estudantes, aumentava a minha carga horária e chegava a estudar seis horas por dia, mas nunca estudei apenas um dia antes da prova. No final do segundo ano, já estava me preparando psicologicamente para o Vestibular. Aumentei o ritmo de estudos e antes mesmo de começarem as aulas já havia me organizado e montado um plano de estudo. No início, estudava cerca de 10 horas diárias na 3ª série. Não estudei integral, então permanecia na Biblioteca das 14h às 21h, e depois continuava meus estudos em casa. O Vestibular exige muita dedicação e principalmente foco, não desviar das metas desejadas é o principal segredo.
Darwin: Você reservava algum tempo para o lazer?
Larissa: O que mais me fazia falta na terceira série era sem dúvida o lazer. Eu abdiquei de várias coisas: festas, cinema, academia e praia. No início, não abria mão dos meus estudos, mas, com o passar do tempo, percebi que isso me prejudicava e passei a caminhar na praia aos domingos, ir ao cinema ou passar mais tempo com a minha família. Reservar algum tempo para atividades assim, mínimas que sejam, renovam seus ânimos para enfrentar a rotina pesada do Vestibular.
Darwin: Você estudava nos finais de semana?
Larissa: Nas duas séries iniciais do Ensino Médio, estudava em média duas horas diárias nos finais de semana, revisava a matéria e fazia meus resumos. Na 3ª série, utilizava os sábados e os domingos para colocar a matéria em dia e, principalmente, para estudar as discursivas de Português e de História, já que, pela semana, com a grande quantidade de matéria, não reservava o tempo adequado para cada uma. Eu possuía uma longa carga horária de estudos, porém um pouco menor comparando com a da semana. Pela manhã, assistia às aulas discursivas e, à tarde, respondia às questões do TQD.
Darwin: Como e quando você fez a opção pelo curso que está frequentando?
Larissa: Não houve nenhum momento em minha vida em que eu não pensasse em fazer Direito. Desde o Ensino Fundamental, pensava nesse curso. Por alguns instantes, ficava apreensiva e com medo de ter decidido tão rápido e sem nenhuma preocupação. Nessas horas, pensava em todos os cursos que poderia fazer: Medicina, Engenharia, Jornalismo, Odontologia e percebia que eu não me enquadrava em nenhum, isso me tranquilizava e me permitiu escolher com facilidade o Direito. Decidi, concretamente, na 1ª série do Ensino Médio e, de lá pra cá, nenhuma dúvida e nenhuma preocupação me atingiu.
Darwin: Em que época você estudou mais? Atualmente na Universidade ou quando cursava a 3ª série?
Larissa: O curso de Direito da UFES está exigindo grandes cargas horárias de estudos e de leituras. Como o conteúdo é completamente desconhecido por mim e de difícil linguagem, dedico boa parte do meu dia às matérias, porém, quando cursei a 3ª série, em 2013, minha carga horária era assustadora e muito maior que a de hoje. Estudava em média cinco horas a mais do que estudo hoje, além de estudar nos finais de semana e nos feriados. A vida na universidade é árdua, mas há uma certa tranquilidade que não se possui quando se presta o Vestibular. A pressão que a 3ª série me causava e o meu sonho de entrar em uma Federal me forçaram a criar uma rotina de estudos longa e cansativa, mas que, no final, deu resultados.
Darwin: Se você cursava o Pré-Vestibular, o que faltou para ter conseguido a aprovação no(s) ano(s) anterior(es)?
Larissa: Não cursei o Pré-Vestibular.
Darwin: A inclusão do Enem substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES foi boa no seu entender?
Larissa: Para mim foi uma boa substituição, pois o Enem era uma prova em que eu tinha facilidade, principalmente nas disciplinas de Matemática e de Redação, que compilam muitos pontos e acabaram me ajudando na aprovação pelo Sisu. Não conhecia a primeira fase do Vestibular da UFES, mas a minha experiência com a FUVEST e com a UERJ me mostraram que os vestibulares tradicionais, que ainda adotam a primeira etapa, mostram-se mais capazes de selecionar candidatos. Cada universidade tem sua própria característica e muitas vezes a seleção é prejudicada pela adoção de uma prova comum, mas, com a grande inclusão do Enem nos diversos vestibulares do país, o exame tende a ficar cada vez mais complexo. Como observado no ano passado (2013), isso poderá auxiliar a UFES, bem como as outras universidades.
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