Decidir cursar medicina no final do Ensino Fundamental e início do Ensino Médio fez com que, desde o primeiro ano, eu tentasse focar meus estudos no que pensava que poderia ser importante para o terceiro ano, principalmente voltado pra Química e Biologia. O que fazia a diferença nos estudos era ter atenção nas aulas e realizar as tarefas. Sempre valorizava muito aprender dentro da sala de aula e a execução de exercícios para fixar a matéria aprendida.
No primeiro e segundo ano, quando se aproximava do dia das provas semanais, estudava a teoria da matéria e depois refazia os exercícios. Nunca separava os fins de semana exclusivamente para estudos. Sempre reservava um tempo para lazer e, às vezes, outro tempo para estudar algo que precisava. A palavra-chave para conciliar estudos com lazer sem deixar de realizar alguma atividade que eu queria é disciplina. No segundo ano, além de inglês e espanhol, a Mostra de Teatro e o Mini-ONU com certeza dispuseram de um tempo a mais que eu tinha livre, e por isso foi um ano mais corrido. Mas não me arrependo de forma nenhuma de ter participado, inclusive de monitorias nesses dois anos.
Já no terceiro ano, o que mais pesava era a pressão de fazer vestibular. A pressão de passar ou não, de ter que cursar ou não pré-vestibular era intensa. Por isso, o tempo para o lazer e para o descanso é essencial em qualquer série, mas principalmente no terceiro ano, além de apoio da família e da escola. O ritmo é sem dúvida mais puxado, mais cansativo e tem um volume de matéria muito maior. É bem diferente das duas séries anteriores. O terceiro ano exige que o aluno tenha um horário de estudos e que tente sempre estar com a matéria em dia para poder acompanhar as aulas.
Mas o pré-requisito básico do terceiro ano é organização para estudar e a frequência nos estudos. Os alunos que sempre tiveram um ritmo de estudos sem dúvida estão um passo à frente. Começar a estudar desde o início das aulas também é muito importante. Como praticamente todos os dias se tem um conteúdo muito grande de várias matérias, deixar acumular só gera um desgaste maior.
Além de toda a pressão que o terceiro ano causa, a inclusão do ENEM substituindo a 1ª etapa do Vestibular da UFES em 2009 foi ainda mais estressante, pois a mudança de estilo de vestibular desestruturou todo o plano de estudos que vínhamos construindo desde o início do ano, além de desestabilizar emocionalmente, aumentando ainda mais a insegurança. Tivemos que parar de estudar para as matérias discursivas, retornando somente ao final do ano após a prova do ENEM e desviamos em parte os estudos para o estilo das questões do ENEM. A prova do ENEM, que poderia ter trazido maiores benefícios, atrapalhou mais do que ajudou devido a todas as falhas que aconteceram, principalmente depois do adiamento da prova em outubro.
Cursando atualmente Medicina na Emescam, vi que o volume de matérias do curso também é bem extenso e que, por isso, estudar diariamente não é necessariamente uma obrigação, como no terceiro ano, mas uma opção para poder acompanhar as matérias dadas. Mas na faculdade o objetivo de estudar é diferente, assim como a maneira de se estudar cada matéria, pois estuda-se para concretizar um ideal. Sair do ritmo de vestibular e entrar no ritmo da faculdade é bastante diferente. Considero o primeiro período como um período de adaptação, assim como nos adequamos ao terceiro ano do Ensino Médio. Mas, sem dúvida, todo esse caminho percorrido sempre valerá a pena.
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