Prezados Pais, Mães e/ou Responsáveis,
Estão por toda a mídia informações sobre o jogo denominado “Baleia Azul”. O “jogo” na verdade é uma sequência de troca de mensagens em redes sociais com tarefas a serem cumpridas. “Nas conversas, um grupo de organizadores, chamados “curadores”, propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, como, por exemplo, fazer fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se desenhando baleias com instrumentos afiados em partes do corpo, ficar doente, entre outros”.
O jogo teve início na Rússia e rapidamente se espalhou na internet, já com várias ocorrências registradas no Brasil. Trata-se de uma quadrilha que alicia crianças e jovens e levam-nos a atos perigosos, sob o disfarce dos 50 desafios do jogo. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que está investigando a rede criminosa, os participantes aceitam o convite para o jogo no Facebook, passam seus dados pessoais e de familiares, e recebem, posteriormente, as orientações por Whatsapp. Os desafios, que devem ser gravados e enviados aos membros do grupo, vão aumentando os riscos, gradativamente. Começam mais fáceis, como “acordar em horários específicos da noite” ou “assistir a filmes de terror” e ordenam, na fase final, a automutilação e o suicídio. As tarefas chegam durante a madrugada, a fim de não chamarem a atenção dos pais. Se mostrar sinais de resistência ao cumprimento das provas, o jogador tem a sua família ameaçada.
Embora o momento seja de preocupação para pais e educadores, também é momento de investirmos ainda mais nos cuidados com nossos filhos, atuando de modo preventivo e também identificando sinais que possam indicar a participação deles nos desafios propostos pelo jogo. Assim, orientamos que:
1. Fiquem atentos à qualquer mudança de comportamento de seu filho.
Isolamento, mudança no apetite, muito tempo fechado no quarto ou uso de roupas para não mostrar o corpo, etc.
2. Compartilhem projetos de vida.
Interessem-se pela rotina de seu filho, incentivem-no a que tenha projetos para o futuro, tracem metas como uma viagem, por exemplo, e até algo mais simples, como definir a programação do fim de semana.
3. Abram espaço para diálogo.
É preciso que a criança e o adolescente sintam-se à vontade para falar de suas frustações e que sintam o apoio dos pais. Se eles tiverem um espaço para dividir suas angústias e forem escutados, haverá um fator de proteção. É importante o diálogo franco. Não se pode fingir que esse tipo de coisa não existe porque eles sabem que existe.
4. Sejam aliados de seu filho.
O adolescente precisa buscar as pessoas em que confia para compartilhar seus anseios, seja no ambiente escolar ou familiar. Sejam seu melhor amigo.
Sinais de que o adolescente pode estar envolvido com o jogo:
1. Mutilações na palma da mão.
2. Opção por filmes de terror/psicodélicos com frequência.
3. Mutilações nos braços – cortes grandes com desenhos de baleia ou qualquer outro animal.
4. Desenhos de baleia.
5. Posts em redes sociais com os dizeres “#iamwhale” (“Eu sou uma Baleia”).
6. Saída de casa em horários estranhos.
7. Cortes nos lábios.
8. Furos nas mãos com agulhas.
9. Brigas.
10. Silêncio durante muitas horas.
COMO DENUNCIAR
No facebook
Ao lado do botão “Compartilhar”, clique nas reticências.
Escolha uma razão – “Conteúdo violento ou prejudicial”.
Clique em concluir.
No Whatsapp
Quando o curador entrar em contato, clique em “Denunciar como spam e bloquear”.
Polícia
Em caso de ameaças ou se existir algum material que comprove a participação no jogo, Disque Denúncia – 181.
Como parceiros na educação das crianças, adolescentes e jovens que temos sob nossa responsabilidade, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos que se fizerem necessários e estiverem ao nosso alcance.
Atenciosamente,
Equipe Pedagógica
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