Desde pequena, meus pais sempre ressaltaram a importância do estudo diário, enfatizando o quanto a disciplina é necessária para se obter um bom aproveitamento escolar. Assim, pude cultivar o hábito de estudar diariamente, de modo que, nas duas primeiras séries do Ensino Médio, mantive essa prática, dedicando-me a uma carga horária de mais de quatro horas por dia, inclusive nos finais de semana. Tais horas de estudo variavam de acordo com a necessidade, sendo destinadas principalmente às matérias que eu apresentava mais dificuldade, especialmente na área de humanas.
Meu lazer era (e ainda é) mais reservado aos finais de semana, nos quais eu guardo um tempo livre para conversar com amigos e familiares. No terceiro ano, devido ao grande volume de matérias e também porque optei pelo horário integral, estudava muito nos finais de semana e, realmente, durante esse período, as horas de lazer ficaram comprometidas. Mesmo nos dias em que ficava a parte da manhã e a da tarde na escola, sempre separava aproximadamente duas horas para rever o conteúdo que havia sido dado no dia. Apesar de todo o cansaço e o estresse, tal esforço se fazia necessário, mesmo porque era um grande desafio manter-me com a matéria em dia.
Quanto à opção do curso, eu tive grande influência dos meus pais, ambos médicos, mas também foi uma escolha muito pessoal. Tenho grande identificação com a área e sempre apreciei a profissão, desde criança. As discursivas (biologia e química) são matérias pelas quais sempre tive mais afinidade.
Atualmente, o foco de estudo da faculdade é bem diferente. O volume de matérias é enorme e seu estudo não é tão direcionado pelo professor como no Ensino Médio. Como medicina é um curso integral, exige muita dedicação e proporciona pouco tempo livre. Entretanto, hoje não existe mais aquela pressão do vestibular, então você acaba estudando um pouco menos.
A proposta do ENEM, ao meu ver, é positiva, mas, infelizmente, meu ano de vestibular foi muito tumultuado em decorrência dessa modificação. Acredito que, se fosse uma transformação mais gradativa e organizada, o ENEM seria bem mais produtivo. Além disso, é inegável que a prova é muito cansativa e sua adoção, no ano passado, foi um desrespeito aos alunos e às instituições de ensino, uma vez que nos foi dado pouco tempo de adaptação à nova prova.
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